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PM que matou ladrão na porta da escola em Suzano é homenageada: ‘Pensei apenas em defender as mães, as crianças’
Policial tinha ido participar de comemoração do Dia das Mães na escola onde a filha estuda. Governador participou de homenagem.
cabo da PM Kátia da Silva Sastre, de 42 anos, foi homenageada na manhã deste domingo (13) pela corporação após reagir a uma tentativa de assalto, atirar e matar um ladrão em frente à escola da filha em Suzano, na Grande São Paulo.
A cerimônia ocorreu em um batalhão da PM na Vila Esperança, na Zona Leste de São Paulo, região em que a policial trabalha. O governador Marcio França (PSB) participou da cerimônia e entregou flores para a cabo.
“Essas pessoas [criminosos] se descontrolam facilmente. Eu não sabia se a reação dele seria atirar nas crianças ou na mãe ou no responsável que estava na porta da escola. Pensei apenas em defender as mães, as crianças e a minha própria vida e da minha própria filha”, disse a policial militar que está há 20 anos na corporação. Ela estava de folga e tinha ido participar da festa do Dia das Mães na escola da filha mais velha.
“Ela afastou as crianças, se aproximou do ladrão. Ela faz o disparo, o rapaz atira, o rapaz tenta pegar a perna dela, imobiliza o rapaz e liga para o 190. Foi um procedimento perfeito do ponto de vista técnico”, disse.
Policial de folga atira e mata suspeito em porta de escola, em Suzano
Ela disse que o criminoso atirou duas vezes. No primeiro tiro, a munição falhou e o outro foi tiro chegou a ser disparo.
“Minha preocupação foi que minha intervenção fosse mais próxima a ele. Cessar a agressão dele de forma que não machucasse ninguém”, afirmou a cabo que disse ter agido com base nos treinamentos que recebeu na corporação.
Mãe de duas meninas, de 7 e 2 anos, Kátia é casada com um tenente da PM. Ela conta que não vê as crianças desde o ocorrido. “Não estou com elas agora, mas está sendo gratificante por defender vidas”, disse.
“É preciso lembrar que ela é um exemplo que um policial deve fazer. Por ela, pela sociedade, pela própria filha dela”, disse o governador.
Para o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves, ela agiu corretamente.
“Ela afastou as crianças, se aproximou do ladrão. Ela faz o disparo, o rapaz atira, o rapaz tenta pegar a perna dela, imobiliza o rapaz e liga para o 190. Foi um procedimento perfeito do ponto de vista técnico”, disse.
Caso
A ocorrência foi em frente ao Colégio Ferreira Master, uma escola particular que fica no bairro Cidade Cruzeiro do Sul, em Suzano, neste sábado (12).
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra o momento em que o suspeito se aproxima de um grupo de mulheres e crianças e aponta o revólver para uma pessoa. Neste momento, ao lado dele, está a policial, que saca uma arma e dispara contra o suspeito. As pessoas que estavam em frente à escola correm. O suspeito cai no chão e a policial se afasta. Ela se aproxima novamente do suspeito, afasta a arma que ele usava e o rende.
De acordo com a Polícia Militar, o suspeito, de 21 anos, estava com um revólver calibre 38 e já tinha abordado outras mães que aguardavam a abertura do portão, além de ter revistado o segurança da escola para ver se ele estava armado.
Ainda de acordo com a PM, a policial viu a movimentação e ouviu uma mulher dizendo que era assalto. Neste momento, a policial foi se afastando, sacou a arma e disparou três vezes contra o suspeito.
O suspeito foi socorrido para a Santa Casa de Suzano, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Fonte: G1
Fernando Cunha 13/05/2018
VEJA ABAIXO QUANTO SEU MUNICÍPIO VAI RECEBER E COBRE DO PREFEITO ESSES RECURSOS PARA TER UM INTERNET GRATUITA E DE QUALIDADE…EM DESTAQUE DE AMARELO.
8 de Março de 2018
Dois avanços importantes aos Municípios devem ser concretizados na segunda-feira, 12 de março. O presidente da República vai sancionar a matéria que trata do Apoio Financeiro aos Municípios (AFM) e que autoriza o repasse de R$ 2 bilhões aos Entes locais. Na oportunidade, o governo também deve assinar os primeiros convênios para implantação do Programa Internet para Todos nos Municípios. A cerimônia ocorre às 15 horas, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), e deve reunir gestores municipais e parlamentares.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) comemora as medidas e destaca que essas representam importantes passos para as administrações locais. No caso do AFM, a expectativa dos gestores municipais é de que o valor de R$ 2 bilhões – prometido pelo governo federal em 2017 – seja repassado aos cofres municipais o quanto antes.
A verba, ainda que menor do que o solicitado pelos prefeitos a Temer, deve trazer um alívio para a máquina pública municipal. Um Município do Amapá cujo coeficiente populacional do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) seja de 0.6, por exemplo, receberá o montante de R$ 86.941,30. Veja aqui o valor por Município
A CNM lembra que a medida foi aprovada por meio do Protejo de Lei do Congresso Nacional (PLN) 01/2018 no dia 20 de fevereiro. De acordo com o texto, serão R$ 600 milhões para Educação; R$ 1 bilhão para a Saúde; e R$ 400 milhões para a Assistência Social e distribuídos nos moldes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Internet para Todos
O acesso à internet de qualidade é uma necessidade dos Municípios por vários motivos, entre eles a promoção da transparência das contas públicas, a oferta de serviços ao cidadão através do site da prefeitura, o envio de prestações de contas da educação (Siope), da saúde (Siops) e do balanço geral (Finbra).
Em função disto, o tema já havia sido colocado em pauta pela CNM em diversas reuniões da Comissão de Assuntos Federativos (CAF) desde 2007, com o intuito de fornecer uma solução tecnológica viável de acesso à internet de banda larga aos Municípios do interior do país, em especial àqueles da região Norte do país.
“A internet é fundamental para várias ações, como, por exemplo, as de segurança nacional e de fronteiriça, pois com ela é possível integrar a atuação das administrações, principalmente os Municípios da região Norte, por razões geográficas”, destaca o representante da CNM que participou das reuniões e foi responsável por apresentar as demandas municipais no desenvolvimento do programa, Jair Souto.
Souto ressalta ainda que “o trabalho feito pela CNM tem de ser destaque. A entidade é protagonista neste trabalho de fazer com que o governo desse atenção aos pleitos apresentados pelos Municípios”. Ele defende que “agora os Municípios terão total condição de melhorar a qualidade da gestão”.
Essa bandeira defendida pela Confederação está sendo concretizada agora com o oferecimento do serviço de internet banda larga para todas as cidades brasileiras, por meio do programa Internet para Todos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Este ano, o chefe da pasta, Ministro Gilberto Kassab, vem realizando uma série de encontros nos Estados para pactuar o programa. A estratégia pretende levar o sinal de internet onde as pessoas não têm acesso e com preços acessíveis. No dia 11 de janeiro, por exemplo, o chefe da pasta esteve na sede da Associação Piauiense de Municípios (APPM) apresentando a iniciativa aos gestores municipais do estado. O Piauí deverá ser o primeiro do Nordeste a ter internet universalizada, sinalizou Kassab.
Segundo o Presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o acesso à internet de qualidade não é apenas uma necessidade das gestões municipais, mas também de toda a população que a utiliza como fonte de informação, pesquisa, educação, lazer, bem como acessa através da mesma uma série de serviços disponibilizados pelo poder público e pela iniciativa privada.
Para participar, os gestores devem efetuar um cadastro junto ao MCTIC. Será de responsabilidade do Município a indicação dos lugares passíveis de atendimento e a área de colocação dos equipamentos. A segurança do local onde ficará o equipamento e a energia também é de responsabilidade da prefeitura.
Veja aqui a orientação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
FERNANDO CUNHA – 23/04/2018
FONTE: http://www.amupe.org/2018/afm-e-internet-para-todos-governo-apresenta-avancos-aos-municipios-em-solenidade-na-segunda-12/
EMPRESA NA CONTRA MÃO DA LEGISLAÇÃO:
"MAIS RESPEITO COM AQUELE QUE MAIS ABRE PORTAS" RASCUNHO RECEBIDO DE UM ALUNO.
Segundo informações repassadas estão atrasados:
03 meses de salários, vale transportes e alimentação.
Para evitar riscos na terceirização, é importante selecionar um prestador de serviços sólido e idôneo, como a TopService Terceirização, que cumpre rigorosamente as obrigações legais e contratos assumidos, mantendo sempre uma relação de transparência e confiança com clientes e com o mercado.
Fonte: www.topserviceterceirizacao.com.br
FERNANDO CUNHA – 10/04/2018

Alba Zaluar
antropóloga e pesquisadora visitante do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj
antropóloga e pesquisadora visitante do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj
A INTERVENÇÃO FEDERAL É A SAÍDA PARA A SITUAÇÃO DO RIO?
Não, a intervenção federal tem poucos efeitos positivos na situação do Rio de Janeiro, o principal deles aumentar a sensação de segurança da população, visto que a presença de soldados e tanques dá a impressão de que estão protegidos. Mas segurança não é sensação. É diminuição de taxas de crimes, é vidas sendo salvas, é melhorar a gestão cotidiana dos órgãos de segurança que inclui polícias Civil, Militar, Rodoviária, Guarda Municipal, sistema penitenciário. Justamente nesse item, que vai além da tática repressiva ou de guerra, as Forças Armadas não têm quadros para enfrentar os desafios cotidianos e as tarefas rotineiras tão variadas, envolvendo dezenas de milhares de membros. Só a PMRJ tem cerca de 50.000 policiais militares trabalhando nela. Outras situações vividas no Rio, por GLO, tiveram ganhos pífios em matéria de diminuir os crimes e não deixaram legado nenhum. Depois que iam embora, a situação de domínio territorial por comandos de traficantes, sempre em conflito entre eles, agora com a participação ativa e notória do PCC, voltava à mesma.

José Vicente da Silva
coronel e ex-secretário nacional de Segurança
A INTERVENÇÃO FEDERAL É A SAÍDA PARA A SITUAÇÃO DO RIO?
É a saída, sim, porque todas as medidas anteriores, todo o aparato que se desenvolveu nos últimos 2, 3 anos, mostrou que não funciona. E por quê? Porque o contexto de segurança do Rio se agravou sensivelmente. Eu tenho que mudar a medicação, e o tratamento recomendado é um tratamento amargo, a intervenção.
QUAL A SOLUÇÃO PARA A QUESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA DO PAÍS, JÁ QUE ESSA SITUAÇÃO NÃO É EXCLUSIVIDADE DO RIO DE JANEIRO?
A solução para a segurança pública chama-se prioridade. Enquanto não se der prioridade, não serão carreados recursos para resolver os problemas. A prioridade deveria estar sendo dada porque, nos últimos dez anos, morreram violentamente 1 milhão de brasileiros, 40% no trânsito e 600 mil matados pelos seus colegas brasileiros. Isso custou ao país R$ 1 trilhão. O custo da violência no país é de quase R$ 1 bilhão por dia. Se isso não for dado suficiente pra dar alarme e acender a prioridade, é difícil saber o que poderia fazer. Nada vai funcionar em termos de melhorar a segurança do país se não for dada prioridade pra essa questão na agenda dos governantes.
Fonte G1http://especiais.g1.globo.com/monitor-da-violencia/2018/intervencao-no-rio-de-janeiro/
Fernando Cunha 19/02/2018 – Recife PE
Fonte: foto da net.
"Acima de tudo, os vereadores servem para representar a sociedade na Câmara. Ele é o político que deve estar mais próximo dos cidadãos, entendendo os problemas da cidade e buscando soluções. A cidade é onde as pessoas moram, trabalham e se divertem e os vereadores devem entender as demandas das pessoas" …
"O Vereador é um representante político da população na esfera municipal. Eleito pelo povo, ele exerce o poder de legislar, mas também o de fiscalizar".
Votamos para ser representado? Sim. O vereador é o elo das necessidades e através de suas ações melhorar a qualidade de vida da população! Não desejo julgar ninguém, apenas estou analisando números divulgados pela própria câmara no seu site, e trazendo uma análise. Lembrando que tenho maior respeito pelos vereadores, onde conheço todos e conheço a geografia do voto, pois participei de duas campanhas vitoriosas. A Cidade de São José do Egito tem um potencial enorme em vários aspectos da educação, cultura, empreendedorismo, turismo, produção cultural, artes.
A Câmara está na contramão do desenvolvimento; apenas 07 projetos? Temos 13 vereadores, ou 0,5 projeto por vereador! Estamos carentes de projetos, líderes e articuladores. Precisamos aumentar e qualificar este debate. Se cada vereador lançar um projeto por mês, teríamos 156 projetos, 156 debates, 156 ideias novas, 156 mudanças. Pergunte ao seu vereador qual o projeto que ele fez? O que nos une tem que ser maior do que nos separa. A cidade precisa crescer, para não perder o bonde da história. Somos culpados também. Não cobramos. Quando olhamos os números vemos que não existe caminho lógico de contribuir para melhorar. A Câmara só se reuni para se reunir. Queremos uma câmara mais atuante, com propostas ousadas.
A CÂMARA DE SÃO JOSÉ DO EGITO EM 2017, CONFORME SEUS PRÓPRIOS DADOS. VEJA A PRODUÇÃO:07 projetos apenas?
Projeto Lei 7/2017 por ordem numérica. Aqui está os projetos:
1 Dispõe sobre o salário mínimo – todo ano é igual
2 Concede título de cidadão – sem novidade
3 Alteração do horário da câmara – sem novidade
4 Projeto lei ordinária –
5 Institui o dia do gari – lei federal apenas replicada
6 Origem do executivo autorização de abertura de crédito criança feliz – projeto da Prefeitura
7 Reestruturação do conselho do idoso – pro forma
8 Denominação do nome do cemitério – sem novidade.
Indicação nº 223/2017 – 223 indicações
Requerimento 047/2017 – 47 requerimentos
Moção de Aplauso 013/2017 – 13 moções de aplausos
Moção de Pesar 048/2017 – 48 moções de pesar
Moção de Repúdio 02/2017 – 02 repúdio
Fonte: camarasjegito.pe.gov.br/
Fernando Cunha – Formado em Matemática; pós graduado em marketing estratégico; mba em gestão e planejamento ambiental; Disney institute – usa – atendimento.
Planos para o benefício
Pesquisa da Anefac aponta que a grande maioria das pessoas que irão receber o 13º diz que pretende usar o recurso para pagar dívidas que já possuem. Outros afirmam que vão usar o dinheiro para despesas de início de ano, compras ou investimentos.
O levantamento mostra ainda que, entre as pessoas que vão usar o dinheiro para pagar dívidas, em mais de 90% dos casos a pendência é de cartão de crédito ou de cheque especial.
Como aproveitar bem o 13º
Veja, abaixo, 9 dicas para usar o 13º da melhor maneira possível. As recomendações são da Anefac, de Bernardo Pascowich, fundador do buscador de investimentos Yubb, e de Paulo Azevedo, professor de estratégia financeira do Ibmec SP.
1. Priorize o pagamento de dívidas atrasadas
2. Ao quitar dívidas, dê preferência àquelas com juros mais altos
3. Ao usar o 13º para sair do vermelho, cuidado para não se endividar novamente
4. Não perca de vista as despesas de início de ano
5. Antecipe parcelas de financiamentos para fugir dos juros
6. Reserve uma parte do dinheiro para investimentos
7. Se você não conseguiu guardar dinheiro no ano, aproveite para “compensar”
8. Não use todo o dinheiro para consumo
9. Ao usar parte do benefício para comprar presentes, faça um planejamento.
Fonte: G1 – Por Karina Trevizan, G1
Atualizado há 7 horas
Fernando Cunha
Quinta-feira, 02/11/2017, às 06:00,
O arquiteto alemão Matthias Hollwich, radicado nos Estados Unidos, é professor da University of Pennsylvania e autor do livro “New aging: live smarter now to live better forever” ("O novo envelhecimento: viva de forma mais inteligente agora para viver melhor para sempre"). Ele conversou com o blog sobre seu trabalho, que, nos últimos anos, foca em projetos com o objetivo de integrar as pessoas.
Quando você chegou aos 40 (agora tem 46), se deu conta de que era necessário fazer mudanças em seu trabalho porque elas impactariam os próximos 40 anos de sua própria vida. Quais foram essas reflexões?
Matthias Hollwich: Chegar aos 40 funcionou como um gatilho, porque me dei conta de que já havia trilhado cerca de 50% da minha vida. Depois do choque inicial, resolvi verificar o que estava sendo oferecido aos mais velhos e o que vi não me agradou. Mesmo os mais ricos vão viver em lugares segregados, onde só há idosos. Imagine ter como distração, durante décadas, partidas de golfe! Os arquitetos criam espaços que chamam de “sênior living” olhando para o passado. Foi quando comecei a dar aulas e disse aos estudantes que exercitassem um olhar novo, com frescor. Pedi que pensassem em si mesmos: como planejar ambientes para idosos que querem continuar ativos mesmo com as dificuldades inerentes ao envelhecimento?
Você escreveu um livro sobre o “novo envelhecimento” e como aprender a viver melhor. Quais são os principais pontos da obra?
Hollwich: É preciso amar o envelhecimento, porque a vida é um presente que nos foi dado. Portanto, a primeira coisa é mudar nossa atitude em relação à velhice: parando de negá-la e também lutando contra o preconceito. Temos que ver os idosos como os pioneiros, aqueles que chegaram primeiro onde ninguém foi, e buscar formas de apoiá-los. Eles perdem amigos, membros da família, é mais difícil socializar e fazer conexões. A arquitetura pode ter um papel importante nesse processo.
Como integrar as pessoas que estão envelhecendo, considerando-se que as grandes cidades são locais que acabam levando os indivíduos ao isolamento e à solidão?
Hollwich: Temos que criar ambientes de convivência, para que as pessoas se vejam, se encontrem. Por exemplo, em vez de criar portarias enormes e vazias nos prédios, por que não ter um café no lobby? Nas grandes cidades, as pessoas estão vivendo em “cocoons”, reduzindo a convivência com os outros, mas podemos ajudar numa aproximação investindo em espaços comunitários, compartilhados. A lavanderia pode ser coletiva e ter um bar, para se tomar um drinque, relaxar e conversar enquanto a roupa é lavada. Os edifícios devem buscar um mix: lojas no térreo, andares de escritórios e outros residenciais, para promover essa interação.
Seu bisavô nasceu no Rio de Janeiro e você já veio ao Brasil diversas vezes. Quais são as suas sugestões para melhorar a qualidade de vida dos idosos do Rio e de São Paulo?
Hollwich: O Rio é um convite à vida ao ar livre, mas isso está concentrado na orla. Seria importante multiplicar o número de lugares de contato com a natureza adaptados para o exercício sem necessidade de deslocamento de um bairro para o outro. Para São Paulo, eu sugeriria o uso dos telhados, que poderiam se tornar locais de lazer e convivência, além de ótimos pontos de observação da cidade. É preciso mobilizar os governos para que invistam em moradias de baixa de renda que estimulem a atividade física. Indivíduos mais ativos precisarão menos do sistema de saúde.
Fonte; G!, blog bem estar
Fernando Cunha 02/11/2017
Sexta-feira, 06/10/2017, às 13:34,
por Thais Herédia
O BC de 2018
O ano está acabando e o quadro para inflação e juros está praticamente definido para 2017. Ainda existe a dúvida se o IPCA vai ‘furar’ o piso da meta, que é de 3%, mas isto não é relevante para a estratégia de médio do Banco Central. O evento do descumprimento da meta deve ser analisado não pela fotografia da carta que será escrita ao Ministro da Fazenda para explicar o fato, mas sim pelo o que realmente está acontecendo com processo inflacionário no país.
Quanto da queda intensa e veloz do IPCA será mais permanente? Quanto da desinflação ocorrida nestes últimos 12 meses vai distender a rígida indexação da economia brasileira? Quanto tempo vai levar para a recuperação da atividade econômica ameaçar a permanência da inflação próxima a 3%? Estas são perguntas que só poderão ser respondidas ao longo de 2018, a depender de muitos fatores externos e internos.
O próximo ano já tem um roteiro mais claro para a economia. E mais positivo também. A atividade deve reagir com maior intensidade, levando o PIB para perto dos 3%, com todos os setores crescendo pelo consumo das famílias. O investimento, que seguiu em queda em 2017, deve ter alguma recuperação no próximo ano, especialmente alimentado pelas concessões e privatizações que devem ser realizadas, mas ainda será uma participação pequena e insuficiente para atender à toda demanda necessária.
A economia internacional vai seguir nadando em muito capital impulsionando a retomada do mundo desenvolvido. Este dinheiro todo seguirá à procura de bons rendimentos e o Brasil, mesmo com a taxa de juros menor, vai continuar sendo uma boa opção. O risco é geopolítico e não econômico, com as atenções voltadas para Coreia do Norte e as reações estapafúrdias e inesperadas de Donald Trump. Por enquanto, nenhum preço de ativo financeiro sinaliza guerra, mas tudo pode mudar em segundos.
O descolamento entre economia e política não deve mais resistir tanto ao debate sobre as eleições e não há como prever o impacto que isto terá. Não haverá mais tempo nem disposição para reformas e o governo terá que conduzir a política econômica entre orações e muita matemática para fechar as contas públicas. O rombo nos cofres está previsto para R$ 159 bilhões e há risco de ser maior, a depender a força da retomada da atividade e de quanto será possível avançar com as concessões e a entrada de investimento privado no país.
O Banco Central vai acompanhar toda esta dinâmica e tem a responsabilidade de fazer a sintonia dos juros com cautela e, ao mesmo tempo, uma dose de ousadia. A cautela com a fragilidade da recuperação do PIB e a ousadia com o momento de atuar e estabelecer novos parâmetros para a taxa de juros, da forma mais permanente possível. A estabilidade da moeda é e será condição essencial para que a retomada crie raízes e aguente melhor os trancos da política.
No curtíssimo prazo, é bem possível que a Selic chegue a 6,5%, quiçá 6%. Não é provável que ela permanece neste patamar por muito tempo, especialmente se a política esquentar a ponto de contaminar a economia pelo canal da confiança. A ousadia do BC deve calibrar este tempo de baixa dos juros para que ela permita uma caminhada mais consistente para longe da pior crise que o Brasil atravessou na história.
Fonte: G1, blog Thaís Herédia.
Fernando Cunha 08/10/2018
O depoimento de Antonio Palocci e as malas de dinheiro de Geddel Vieira Lima são voz e imagem do capitalismo de compadrio brasileiro. Como podemos nos livrar dele?
O governo escolhe algumas empresas – as campeãs nacionais. Franqueia facilidades a essas empresas. Em geral, contratos milionários com estatais ou empréstimos camaradas de bancos do governo. Parte do dinheiro, invariavelmente, sai do Tesouro – do contribuinte. Em troca, as campeãs nacionais financiam as campanhas do governo, que assim se perpetua no poder. Em cinco frases, pode-se resumir assim o capitalismo de estado da era PT-PMDB. A academia americana já tem um nome para esse fenômeno: crony capitalism – em português, capitalismo de compadrio. Acrescentando-se a essa fórmula a vasta circulação de propinas, talvez os historiadores do futuro resumam a era Lula–Dilma–Temerem três palavras: capitalismo de compadrio corrupto.
Nos primeiros anos, parecia que o governo Lula seria lembrado pelos historiadores como um ciclo modernizador. De um lado, preservava as conquistas do período anterior – estabilidade da moeda e responsabilidade fiscal. De outro, aperfeiçoava aquilo a que, na era Fernando Henrique, se chamava de “rede de proteção social”, tornando-a mais eficiente e mais focada. Tudo isso respeitando a democracia tão duramente conquistada. O que o filósofo Renato Janine Ribeiro definiu como o tripé modernizador do Brasil – democracia, inclusão social, estabilidade econômica – parecia um consenso nacional.
Em algum momento do segundo governo Lula começou o retrocesso. Talvez tenha sido, como sugeriu o ministro Antonio Palocci em seu depoimento esclarecedor na quarta-feira (6), na descoberta do pré-sal. O governo viu aí a oportunidade de gerar dinheiro não apenas para melhorar a situação social do país, mas também para se perpetuar no poder. A troca de favores entre poderosos, tão típica do Brasil antigo, voltou a ser prática corrente. As malas de dinheiro encontradas no apartamento de Geddel Vieira Lima – que ocupou cargos de confiança nos governos Lula, Dilma e Temer – são imagem simbólica do capitalismo de compadrio corrupto.
Poucas vezes as entranhas de tal sistema ficaram tão expostas quanto nesta Semana da Pátria, em que os nomes das campeãs nacionais de corrupção – Odebrecht e JBS – voltaram às manchetes. Como o país pode se livrar dessa cultura perniciosa? A Operação Lava Jato, que pela primeira vez na história brasileira processa e pune os grandes corruptos, é um começo. Mas não se trata apenas de um caso de polícia. É preciso acabar com os mecanismos que possibilitam o capitalismo de compadrio corrupto. O governo não pode ter tantos instrumentos para fazer escambo com empresas, nem tanta facilidade para burlar pareceres técnicos. Menos campeões nacionais e mais foco na inclusão social com estabilidade econômica. Menos empresas estatais, menos bancos estatais, menos bolsa-empresário – e mais educação, saúde e segurança para os cidadãos. Eis um bom tema de debate para a campanha presidencial do ano que vem.
O ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci. Seu depoimento mostrou como funciona o capitalismo de compadrio brasileiro (Foto: Wilson Pedrosa/Estadão)
fonte: G1/REVISTA ÉPOCA.
FERNANDO CUNHA – 09/10/2017